domingo, 30 de janeiro de 2011

Esquecimento



Senhor Deus que tudo sabe,
Me diga o que isto é,
Se é azar falta de sorte,
Ou mesmo falta de fé,
Uma amiga foi embora
Esqueceu a onde mora
E ainda torceu o pé.

Parece até mentira,
Mas isto é pura verdade,
Esqueceu numero da casa
Nome de rua e cidade,
Isto não é normal,
É amnésia, outro mal,
Ou talvez seja a idade.

Não pode ser a idade
Afinal é muito nova,
Não é nenhuma velhinha
Nem está com o pé na cova,
Será que isso é loucura
Uma doença sem cura,
só a ciência comprova.

Mas acredito em Deus
Que nem tudo esta perdido,
Mas aconselho a ela
Que faça a Deus um pedido,
Que isto nunca aconteça
E que ela não esqueça
Que é casada e tem marido.


Francis Gomes

sábado, 29 de janeiro de 2011

Nem tudo é o que parece




Nem tudo que desce é água
Nem tudo que sobe é fogo
Nem tudo que é bonito
Significa que é novo.
Nem todo que é  anormal
Significa que é louco
Nem tudo que vem de cima
É para o bem do povo.

Nem tudo que bate a porta
Quer dizer que quer entrar
Nem tudo que sai pra fora
Quer dizer que voltará,
Nem todo que é amado
Quer dizer que amará
Nem todo que nasce a terra
Quer dizer que viverá.

Nem todo que veste calças
Significa que é homem
Nem todo que pede um pão
Quer dizer que está com fome,
Nem todo que chega tarde
Quer dizer que vem de longe
Nem todo que sai cedo
Quer dizer que vai pra longe.

Nem tudo que está na água
Quer dizer que molhará
Nem tudo que vai ao fogo
Quer dizer que queimará,
Neste vai e vem do mundo
Nem tudo dá para explicar
Nem tudo que está na terra
Quer dizer que ficará.

Nem toda mulher bonita
Quer dizer que é perfeita
Nem todo sapato grande
Quer dizer que não aperta,
Nem todo grande problema
Quer dizer que não concerta
Nem porque escrevi isto
Quer dizer que sou poeta.

Francis Gomes

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

                                                                                
                                         A vida!
É uma dádiva de Deus,
Viver é uma vitória concedida por Deus,
Viver bem é uma glória que só aos vitoriosos pertence.
Ninguém vence sem lutar, ninguém é glorificado sem vencer,
Para vencer temos que passar por alguns obstáculos, mas nem por isso devemos desistir.
Não há uma criança que não caia quando está aprendendo andar, e nem por isso desiste.
Assim somos nós no decorrer da vida, não podemos desistir jamais. Mostre garra, determinação, não se assuste com seus adversários enfrente o mudo sem medo.
Nunca desista de seus objetivos, se cair, faça como falou um poeta: “levante sacode a poeira e da à volta por cima”. Lembre-se, ninguém chora todos os dias, como também, não sorri sem parar; na vida nem tudo é flores também tem dores para se passar.
Ninguém canta todos os dias, mas deveria, pelo o simples fato de ter nascido.
Muitos nem conseguem nascer, outros nascem, mas não conseguem viver, outros vivem, mas não conseguem vencer.
Alegre-se, você nasceu, estar vivendo e está vencendo, e então! Porque ficar triste?
Sorria, cante, o encanto dos pássaros está em seus cânticos, e a beleza das flores só percebemos quando elas se abrem, não é por acaso que a primavera é a mais bela das estações. O sorriso encanta as pessoas e trás luz aos que estão em volta.
Creia em Deus, acredite em você mesma, confie que você é capaz, não mostre ao seu Deus o seu grande problema, mas mostre para seu problema que você tem um grande Deus. Eu acredito que você é capaz e você acredita? Não somente capaz de vencer, mas de brilhar, e não com um brilho opaco, mas um brilho irradiante, semelhante o brilho do sol, o astro maior que brilha para todos, inclusive para você. Acredite que  é capaz, e busque força para ir além do que pensa, acima dos seus sonhos. Acredito que você pode e vá luta.
Seja também um vencedor.
Reclamar da vida é fácil, difícil é viver e vencer,
Quando todos pensam que você não é capaz,
A vitória tem um sabor de superação,
E isso, não tem preço que pague.

Francis Gomes


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sabedoria


As muitas palavras nem sempre dizem tudo,
O silêncio às vezes diz muito mais,
As palavras revelam segredos do corpo,
Os olhos mistérios da alma.
Portanto, escute  em silêncio,
Fale pouco,
E será sábio o suficiente para discernir a vida,
E quem sabe entender o sentido de viver.
Aceitar o que ela nos oferece,
Agradecer mais,
Pedir menos,
É o primeiro passo para reconhecer
A grandeza de e o poder de Deus,
E isso sem dúvida é ser verdadeiramente sábio.


Francis Gomes

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

                                                        ELE É PARA VOCÊS!

Meu amigos, meus amados e queridos amigos e leitores, como já havias vos falado sobre eu livro, ECOS DO SILÊNCIO,   ele está em produção e  vos digo,está lindo!  não é porque é meu, mas porque foi escolhido cada texto com muito cuidado e  carinho, desde as primeiras frases. A orelha, agradecimento, o prefácio, o prefácio  então! até a última estrofe, o último verso.
Em breve estarei anunciando dia e local do primeiro lançamento, e todos estarão recebendo seja online, pessoal o convite e claro que conto com a presença de todos.

abraços.

Francis Gomes

domingo, 23 de janeiro de 2011

Eu sou um patriota nato, apaixonado pelo nordeste, minha cultura e o meu povo, mas eu não poderia de parabenizar a cidade de São Paulo pelos 457 anos de existência,  e agradecer pela forma como aqui fui acolhido, e não somente eu, mas muitos nordestinos, que abraçaram esta cidade para nela viver e por ela também foram abraçados apesar de algumas discriminações sofrida, não pela cidade mas por algumas pessoas sem amor ao próximo. E como a cidade não tem nada a ver com isso deixo este poema abaixo como meu eterno agradecimento por tudo. Mas com poeta, escrevo descrevo alegrias e tristezas, realidade e ficção, vida e morte o início e o fim. Faz parte do meu mundo  e de minha vida de poeta.


















Aqui morre o tietê

Tributo a São Paulo


Eu gostaria de ser um poeta
Para escrever uma história completa
Através dos meus versos rimados.
Não para contar um dilema
Mas para fazer um  poema
Sobre a cidade que me acolheu em seus braços.
Sei que não sou nada disso
Mas por meio destes poucos rabiscos
Quero presta minha homenagem a São Paulo.

São Paulo de lutas e glórias
Batalhas e grandes vitórias
Para orgulho de uma nação.
São Paulo que é quase um país
Um país em uma cidade
Motivo de satisfação,
Para um povo valente e guerreiro
Povo simples e hospitaleiro
Patriarcas de bom coração.

São Paulo que não é racista
De mendigos a grandes artistas
Ela acolhe em seu coração,
São Paulo que tem monumentos
Que ultrapassam a barreira do tempo
Descritos em versos e canções,
Histórias que o vento não leva
Lembranças que tempo não apaga
Marcos de revoluções.

São Paulo que teve a sorte
De ouvir o grito: independência ou morte!
As margens do rio Ipiranga,
O sol da justiça brilhou na cidade
Com raios de liberdade
Surgindo no horizonte.
Para escrever nas páginas de sua história
Capítulos de um futuro de glória
No livro da vida, de uma cidade gigante!

Como uma galáxia no espaço
Assim é São Paulo!
Cheia de grandeza, força e poder!
É verdade, nem tudo aqui é beleza,
Também falo com muita tristeza
Do descaso do rio Tietê.
No leito onde corre suas águas
Até parece corredeiras de lágrimas,
É tão triste, que nem vou descrever.

Uma selva de concreto e ferro                                                                                                          
Onde abriga crianças e velhos
Em árvores chamadas edifícios.
Aqui o lobo é o próprio homem
Em cavernas chamadas de túneis
E o medo é o pior inimigo.
Nesta selva, os répteis são carros,
Helicópteros são os seus pássaros
Voando em um espaço, poluído e sombrio.

Mas como nada é perfeito
Mesmo com os seus defeitos
É esta a São Paulo que amo
Problemas onde não ten
Quero dar-te os parabéns
Por quatrocentos e cinquenta e sete  anos.
Canta e dança minha gente
Celebrai alegremente
Salve o povo paulistano.

Muito obrigado São Paulo
Paulistanos, obrigado;
Por aqui me receber,
Sei que não sou conhecido,
Pode ser que meu poema, nuca seja lido;
Eu não ligo, eu só quero agradecer,
Quero bem alto falar
Me divertir e cantar
Parabéns para você.

Como falei no inicio
Novamente eu repito
Poeta eu sei que não sou,
Mas eu fiz estes rabiscos
Eu sei, não são bonitos!
Mas foram feitos com amor
Em homenagem a São Paulo
Que me acolheu em seus braços
E me fez ser o que hoje eu sou.



Francis Gomes

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O amor e os amantes



O amor não ironiza,
Mas os amantes são irônicos.
Também não é profeta, nem profetiza.
Mas deixa os amantes atônitos.

O amor não erra. É perfeito.
Mas os amantes são falhos.
O caminho do amor é direito,
Mas os amantes pegam atalhos.

O amor! O amor é vida, é sorte.
Ele não é homem nem mulher.
Porém os amantes o procuram até a morte,
Mesmo sem saber quem ele é.

Quantas vezes ouvimos e falamos:
Eu te amo.
Depois nos ferimos nos matamos.
Eu pergunto: foi engano?

Não. O amor não se engana.
O amor é verdadeiro, rico não é pobre.
Os amantes, uma barraca de lona,
Indignos de um habitante tão nobre.

O amor não se faz, nem se cria
Não tem cor nem sexo, mas se multiplica.
Os amantes, tristeza. O amor alegria.
Um sentimento que não se escreve nem se explica.






Francis Gomes

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A FESTA CONTINUA


 Meus amigos, no próximo dia 21/ 01/2011, será realizado no ponto de Cultura Círculo das Letras, da Associação Cultural Literatura no Brasil, o primeiro sarau Literatura Nossa do ano de 2011. A festa da comunidade continua, e todos estão convidados. Venha participem, tragam amigos, parentes, namorados, namoradas. A casa é de todos a festa é nossa.
Terá, poesias, cordel, músicas, danças e muito mais, além de muitos sorteios, de livros, revistas etc.

É só chegar que é tudo nosso, e o que não for passa a ser.

Francis Gomes

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Minha musa




Sei que não sou um poeta
Mestre na literatura,
Mas falar sobre as mulheres
Sempre foi minha loucura
Independente da raça
Da cor e da estatura
E se isso for doença
A minha não tem mais cura
Mulheres são diamantes raros
E os homens garimpeiros
Sempre a sua procura

Falei das mulheres altas
Que chama atenção da gente
Também das mulheres baixas
Normalmente muito quente
As mulatas por sua vez
Parecem chamas ardentes
Ainda que alguns digam
Que as loiras são diferentes,
As mulheres são como as flores
Independente das cores
São lindas e atraentes.

Falei das mulheres maduras.
Das que estão na mocidade
Também falei das mais novas
Que estão na flor da idade
Eu também não esqueci
As que estão na puberdade
Todas elas têm virtudes
Todas têm suas qualidades
A idade pouco importa
As mulheres são uma incógnita
Independente da idade

Eu falei das cearenses
Paranaenses e goianas
Falei das Riograndenses
Piauienses e baianas
Também das matogrossenses
Catarinenses e alagoanas
Não esqueci as capixabas,
E nem das paraibanas
Guerreiras e carinhosas 
Que lá no sertão são rosas                                                                                                               
Nas janelas das choupanas.

Falei das doces mineiras
E das bravas pernambucanas
Das que moram em Tocantins
No Acre e na Amazônia
Falei das brasilienses
Paraenses e sergipanas
Cariocas e maranhenses
Uma tem ginga outra gana.
E daquelas que não falei
Desculpem mas falarei
Quem sabe em outro poema

Porem, a mais rara e bela
Sensual e sedutora,
Com os seus cabelos longos
Sorrindo ela é encantadora.
Um metro e sessenta e cinco
Uma chama devoradora
Quente como uma mulata
Não é ruiva e nem é loira
Mistura de suprimento
Formou este monumento
Minha musa inspiradora.




Francis Gomes

domingo, 16 de janeiro de 2011

O VAZIO DO MEU EU



Há dias que eu não sou eu, e que a vida parece mais amarga mesmo quando tudo em volta parece normal. E nestes dias enquanto os pássaros cantam na alvorada anunciando um novo dia, no meu eu, ainda é noite.
E quando o sol, rompendo o crepúsculo da manhã com seus raios fortes como quem sorrindo para iluminar a todos e banhar a terra de luz, o meu eu está nublado, com nuvens espessas e escuras.
Isso me faz lembrar o principio de tudo, quando a terra era  sem forma e vazia, e o espírito de Deus se movia sobre a face do abismo. Assim o meu espírito inquieto se move dentro do vazio que há em mim, e o meu coração parece o mais distante planeta da galáxia aonde a luz do sol não chega, a escuridão reina e tudo é gelado.
Nestes dias, as flores perdem as cores, a beleza, o perfume.  Não deixo de sorri, nem finjo um sorriso, mas o meu sorriso é triste e nem sei por quê! Ando entre a multidão e me sinto só, meus passo me levam aonde tenho que ir, e não aonde gostaria de ir, apesar de não saber onde quero chegar.
Martirizo-me com as perguntas, sem respostas, e com os sentimentos sem sentidos.
Não me entendo, quando quero tanto ser amado, ouvir alguém falar que me ama, fazer um carinho,  um cafuné, dá um abraço e me pegar no colo como seu eu ainda fosse uma criança, mas a pessoa que faz tudo isso, parece que não causa efeito. Sou duro como uma pedra, e oco como uma árvore seca em um deserto solitário.
Penso que sou ingrato com a vida, com o que a ela me dá com o que tenho. Penso que muitas pessoas desejam ter metade do que eu tenho para se feliz, e eu que tenho tudo, ou quase tudo, ainda não acho o suficiente. Na verdade o suficiente não tudo, é apenas uma pequena parte, que não sei em que parte do tudo ela se encontra. Procuro algo que tire de mim esta angústia que me chicoteia nestes dias, mas é em vão. A felicidade que eu quero o dinheiro não compra, amor que eu desejo a beleza não conquista, as palavras que eu quero ouvir os intelectuais não falam, o carinho quero, as mãos que me tocam não fazem.
Nestes dias, eu me pergunto: onde está o amor que os poetas cantam? Que sabor tem os beijos de sua musa? Onde encontram palavras tão lindas? E nestes dias vazios, percebo que a minha alma implora por um beijo, mas não o beijo que a minha boca recebe. Suplica migalhas de carinhos sem mesmo saber de quem. E é na inquietação do meu espírito no vazio do meu eu, eu não sou eu, e a vida parece mais amarga. Percebo que o que eu procuro é tão simples, mas tão simples, e estão nas coisas tão simples, que quando encontro não me entrego, não por medo, mas porque são apenas regras imposta pelo mundo que vivo, pela sociedade, talvez válida para o corpo, mas de nenhum proveito para alma.
A liberdade ou prisão do espírito é contrária a liberdade ou prisão do corpo. E quando estes dias passam, eu volto a ser o eu que a sociedade quer que eu seja, mas  não o que eu gostaria de ser, nem o eu, que me faz feliz. E assim a felicidade me aparece como rabiscos mal escritos, sem critérios, sem valor. E nestes dias onde o meu eu é tão vazio, talvez seja os dias em que sou mais cheio de vida e mais próximo da felicidade.




Francis Gomes.

sábado, 15 de janeiro de 2011

VALE A PENA RELEER E REFLETIR

O FIM QUE O HOMEM ESCOLHE

As imagens da dor, as fotografias da morte, o desespero o horror causado pela fúria da natureza pelo descaso do homem.
È hora de acordarmos, para não morrermos dormindo. De que importa dormir no paraíso e acordar do inferno? Deitar em um berço de ouro e acordar na lama? De que adianta subir tão alto para cair a uma velocidade de cem kilometros por hora. A onde está a glôria destas coisas?
É, infelizmente muitos tiraram férias da vida, para viver na morte. Foi isto que aconteceu com os que foram passar férias em Petrópolis, Rio de Janeiro. Até quando estas tragédias irão acontecer? Até sempre. O descaso, e desrespeito com a natureza chegou ao ponto que não tem volta. Deus fala, a natureza avisa, o homem não dá ouvidos, Deus permite a natureza da a resposta. E o homem, ora o homem, se não fez nada na vida quando ainda podia, imagina na morte que nada mais depende dele. Realmente  Deus determina a hora, mas o homem escolhe seu fim.

















Fim dos tempos



Castigo de Deus?
Maldade dos demônios?
Ira dos oceanos?
Vingança da natureza?
Não se sabe ao certo.
Mas o sol deixa de brilhar,
A lua se esconde,
As estrelas se ocultam,
Os céus vestem luto,
As nuvens choram,
Os mares esbravejam,
Os rios transbordam,
Os montes deslizam,
As pedras rolam,
A terra treme,
Os vulcões cospem fogo,
Os homens morrem,
É o fim dos tempos.



Francis Gomes

A mentira



Sozinho em casa.
Outro dia eu estava pensando,
E assim meditando, meditando...
Sobre o que falo o que faço e o que sinto.
E de mente aberta,
Cheguei à incrível descoberta,
De que eu minto

Cada um.
Faça assim como eu fiz,
Seja seu próprio juiz,
Vasculhe o seu subconsciente.
Você pode até negar
Mas com certeza ele vai falar:
-Você também mente.

Sem meio termo.
Vocês, todos vocês,
Sejam verdadeiros desta vez.
Por favor, não inventem.
Acham que eu sou louco inconseqüente?
Que sou o único que mente?
Não. Vocês mentem.

Sim, é deste jeito.
Eu, tu, ele...
Nós, vós, eles,
Quase sempre fingimos.
Não estou aqui para acusar,
Eu apenas revolvi mostrar;
Todos nós mentimos.

Eu e você.
Estamos vendo uma mulher de mini saia,
Com uma blusa tomara que caia,
Um corpo que nunca vimos.
Eu falo: maravilhosa!
Você grita: apetitosa!
Percebe, mentimos.

Agora você.
Vai passando em um super carro,
Um cara de óculos escuro fumando um cigarro,
Você diz: lindo!
Para quem? Para o carro que sumiu?
Ou para o cara que nem viu?
Desculpe você está mentindo.

E agora!
Um trio de mentirosos, eu, ele e você,
Falamos do que não pudemos ter,
Afirmamos o que não vimos.
Por conseqüência sem perceber,
Tanto eu, como ele e você,
Na ocasião, mentimos.

Outro exemplo:
Imaginem o ... Todo ético,
Nos convida para ouvir um político,
No final todos nós aplaudimos.
Mas sabemos, poucos gostam de política,
Ao contrário, a maioria critica,
Mas para agradá-lo mentimos.

É sempre assim.
Estamos sempre fingindo,
Estamos sempre mentindo,
Por mais que sejamos rigorosos.
Seja no amor ou no financeiro,
Por mais que sejamos verdadeiros,
Somos sempre, mentirosos.

O certo é:
Mente quem perde e quem ganha,
Seja por medo ou vergonha,
Para tirar vantagem ou agradar alguém.
Desculpem-me por falar o que sinto,
A verdade é: eu minto,
Mas vocês, também.

Finalizando.
Para deixar por concluído,
Perdoem-me se fui atrevido,
Mas quero ver quem me desmente.
Quero ver quem tem coragem,
De fazer à sacanagem,
De falar que nunca mente.                                                                         


  Francis Gomes                                                                        

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Amar ou ser amado




Creia em Deus
Acredite na vida
Inspire-se no amor
Sem Deus não existiria vida
Sem vida não existiria o amor
Sem amor é impossível viver.
Nuca desista do amor
Jamais deixe de amar
Nunca sinta vergonha deste tão sublime sentimento.
Felizes os que amam, ainda que não sejam amados;
Porque pela intensidade do amor que sente
Torna-se capaz de amar até mesmo que não o ama.
Infelizes os que não amam, porque se é incapaz de amar que o ama,
Como poderia amar que não o ama?
Melhor é amar do que ser amado.
A grandeza do amor está em quem sente este sentimento em quem ama
E não em quem é amado.
O amor é medido pela intensidade que amamos, e não pela intensidade que somos amados
Porque se assim não fosse, todos serviriam a Cristo, que nos amou de tal forma,
Que deu sua própria vida por todos em prova de amor.
Não se faz uma grande obra por ser amado, mas faz uma grande obra quando ama.
Entre amar e ser amado escolha amar,
Assim terá certeza dos seus sentimentos e verá que será capaz de fazer algo que poucos fazem.
Creia em Deus
Acredite na vida
Inspire-se no amor
Saiba que você é capaz
                   Que você pode
Que você consegue
E que você vencerá,
Se amar profundamente o que quer,
O que tem,
Você pode ser feliz.

Francis Gomes                                                          

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sabedoria animal



Há bicho tão inteligente,
Que pra ser gente,
Só falta falar.
Enquanto muitos,
Para ser bicho,
Não falta mais nada.
Até evoluiu. Aprendeu falar.
Imagina que pensa, mas age sem pensar.
E o pior, não obedece.
Coisa que muitos bichos fazem.


Francis Gomes

domingo, 9 de janeiro de 2011

NORDESTE, MINHA JERUSALÉM


Meus  Queridos, só quem nunca sentiu saudades não sabe o que significa uma dor infinita. É o tipo de dor que não tem cura. Quanto mais o tempo passa mais aumenta. Se o  oxigênio é o combustível do fogo, a distancia é o que faz a saudade queimar dentro do coração, como uma brasa viva, uma  chama de labaredas altas, que tortura sem parar.
O nordeste brasileiro é uma coisa muito louca. Ao mesmo tempo em que é lindo maravilhoso, um paraíso, também é um inferno. Quando chove o nordeste é um paraíso, mas quando a seca castiga é um inferno. É muito sofrimento, para homens mulheres e crianças.
Mas muito mais para o animais, que morrem de sede e fome. E o pior, é a pergunta que fica na cabeça e no coração deste povo sofredor: Como explicar que na maior parte do país,  as pessoas, as cidades são devoradas com tanta chuva e o nordeste é devorado pela terrível e temida seca?  Será realmente um propósito de Deus? Ou será culpa do próprio homem? Eu não sei. O que eu sei, é que a saudade é algo tão inexplicável quanto a seca no nordeste, porque mesmo com tanto sofrimento, quase todo nordestino, vivendo como ovelhas desgarradas em outras terras, distante da terra natal ainda choram de saudades. Isso me faz lembrar o que falou o Salmista Davi:
Junto aos rios da Babilónia nos assentamos e choramos lembrando-nos de Sião. Porque aqueles que nos levaram cativos, nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: cantai-nos um dos cânticos de Sião.
Mas como cantaremos o cântico do Senhor em terra estranha?
Se eu esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza.
Apegue-se-me a língua ao paladar se eu não lembrar de ti, e se não preferir Jerusalém a minha maior alegria. Salmos: 137, 1 ao  6.
Assim sou eu, lembrando do meu sertão, do meu Farias Brito. Por mais que eu seja um vencedor, por mais que minha boca profira cânticos, e meus lábios sorrisos, enquanto o eco de minha voz ecoa por toda pais, o eco dos sons do nordeste eco, e ecoará para sempre em meu pensamento e no meu coração pra sempre.


Francis Gomes


Lembrando as Coisas do sertão

Lembrando as coisas do sertão
E tudo que lá passei
Eu me pus a meditar
Eu me pus a rabiscar
De tristeza eu chorei
       
Lembrando aquele povo simples
Aquela gente tão sofrida
Uma nação sem ter nome
Castigada pela fome
Pela vida esquecida

Lembrando aquele gado magro
Sem ter água pra beber
O que dar mais dó ainda
Perambulando na caatinga
Sem encontrar o que comer

É de cortar coração
O que nosso povo passa lá
Crianças de pé no chão
Pede um pedaço de pão
E seus pais não podem dá.

Onde estão os governantes
Que não olha nosso povo
Passa anos e mais anos
Sai fulano entra beltrano
Nada acontece de novo.

Só resta apelar pra Deus
Senhor de toda nação,
Já que o homem não cuida
Ao menos o Senhor ajuda
Manda chuva pro sertão.





Francis Gomes